Agência Senado
A punição aos estabelecimentos que não emitem a nota fiscal
discriminando os impostos cobrados foi adiada para dezembro. A Medida
Provisória 649/2014, publicada no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (6), determinou que a fiscalização será "exclusivamente
orientadora" até o fim deste ano. A obrigatoriedade da informação dos
impostos na nota fiscal consta da Lei 12.741/2014, decorrente de projeto
do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que previa o início da aplicação
de sanções a partir da próxima semana.
Segundo a lei, o cliente deve receber informação detalhada sobre os
percentuais pagos a título de ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, PASEP, COFINS e
Cide. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou o adiamento e ressaltou que boa parte do comércio já se adaptou à legislação.
- Alguns estados e empresas têm programas. É importante que haja
transparência. Portanto, acho que o projeto de lei aprovado tem que ser
cumprido e as informações prestadas à sociedade - disse.
Já
o líder do DEM, senador José Agripino (RN), ironizou o governo. Para
ele, com o cumprimento da lei, a população vai cobrar mais porque saberá
o quanto paga de impostos.
- Essa informação vai levar inevitavelmente à reflexão do povo. Estou
pagando por cada coisa que compro "xis" reais de imposto, e como está
minha segurança, saúde, economia? Esse raciocínio será decorrente do
peso no bolso das pessoas. Vão ver em cima de cada coisa quanto pagou de
imposto e fazer a reflexão imediatamente - previu.
O líder do
governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ressaltou que a
equipe econômica também quer que a sociedade saiba o quanto paga de
impostos.
- Essa é uma lei da transparência tributária. Acreditamos
que, com a tecnologia que já foi implantada nos estabelecimentos do
comércio, serviço e indústria, é perfeitamente possível se implantar.
Segundo
a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a imensa maioria dos
estabelecimentos já está pronta para imprimir a nota fiscal com o
detalhamento dos impostos.
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