Manuel Carlos Montenegro - CNJ
A magistratura brasileira é composta majoritariamente por homens.
Segundo os números preliminares do Censo dos Magistrados, realizado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no final do ano passado, 64% dos
magistrados são do sexo masculino. Eles chegam a representar 82% dos
ministros dos tribunais superiores. Os dados foram divulgados nesta
segunda-feira (16/6), no Plenário do CNJ, durante a 191ª Sessão
Ordinária do Conselho.
Realizado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) entre
4 de novembro e 20 de dezembro de 2013, o levantamento também aponta
que a maioria da magistratura é casada ou está em união estável (80%) e
tem filhos (76%). A idade média de juízes, desembargadores e ministros é
de 45 anos. Na Justiça Federal estão os juízes mais jovens, com 42
anos, em média. Em geral, a carreira dos magistrados começa aos 31,6
anos de idade, enquanto a das magistradas começa aos 30,7 anos.
Em
relação à composição étnico-racial da carreira, juízes, desembargadores
e ministros declararam ser brancos em 84,5% dos casos. Apenas 14% se
consideram pardos, 1,4%, pretos e 0,1%, indígenas. Segundo o censo, há
apenas 91 deficientes no universo da magistratura, estimado em pouco
mais de 17 mil pessoas, segundo o anuário estatístico do CNJ Justiça em
Números, elaborado com base no ano de 2012.
A jornada de trabalho diária dos juízes é, em média, de 9 horas e 18
minutos. Os juízes em início de carreira (substitutos) têm a maior carga
horária de trabalho, com 9 horas e 37 minutos. Além do trabalho
jurisdicional, 14% dos magistrados também realizam atividades docentes –
63% deles informaram possuir pós-graduação.
Para o coordenador
do Censo, conselheiro Paulo Teixeira, trata-se da primeira pesquisa
aberta aos magistrados de todo o país. “Os resultados são alvissareiros,
mesmo comparando-os a pesquisas realizadas nos Estados Unidos da
América, Inglaterra e Canadá. A diferença é que, nesses países, as
pesquisas são periódicas e realizadas há muitos anos. O estudo completo
está disponibilizado no portal do CNJ (www.cnj.jus.br/censo)
e será disponibilizado também aos tribunais e associações de classe.
Esse trabalho gigantesco tende a melhorar a prestação jurisdicional e a
identificar a magistratura brasileira”, afirmou.
Pesquisa – O objetivo do estudo foi identificar o
perfil da magistratura brasileira, razão pela qual o questionário
consultou os magistrados brasileiros sobre informações pessoais e
profissionais. Dos 16.812 magistrados em atividade no País, 10.796
responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ, o que indica
índice de resposta de 64%.
Acesse aqui o Censo do Judiciário.
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